Fetracoop participa de reunião setorial do Fórum Estadual em Defesa da Liberdade Sindical

Fetracoop participa de reunião setorial do Fórum Estadual em Defesa da Liberdade Sindical

mpt_10_04-02.jpgOs diretores da Fetracoop Joel Martins Ribeiro, Beno Schroder, Joé Altair Constantino e Rogério Kormann participaram, na manhã de terça-feira 10/04, em Curitiba, de reunião  setorial do Fórum Estadual em Defesa da Liberdade Sindical. O encontro aconteceu na sede do Ministério Público do Trabalho e além do procurador do MPT, Alberto Emiliano Oliveira Neto estiveram presentes representantes patronais da  OCEPAR-Organização das Cooperativas do Estado do Paraná,  a secretária-geral da UGT-PARANÁ (central sindical à qual a federação é filiada), Iara Freire, o vice-presidente do Secoomed, Nelson Beletti e o economista do  Dieese-Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socieconômicos, Sandro Ferreira da Silva. O principal ponto da pauta discutida foi o custeio sindical e o recolhimento da contribuição sindical laboral e patronal.

Para o procurador Emiliano o mundo do trabalho vive um momento de grande insegurança jurídica e, portanto, para dirimir eventuais dúvidas as decisões assembleares são soberanas: “entendemos que, se  os trabalhadores reunidos em assembleia podem decidir pelo coletivo da categoria nas tantas questões de reajuste salarial e de benefícios, também podem decidir pelo recolhimento coletivo da contribuição sindical”. Ainda na visão do procurador, a reforma trabalhista (Lei 12.367/17), não pode extinguir a contribuição sindical, por ser matéria de Lei Ordinária e não Complementar.

Falando em nome da Fetracoop, o diretor Joel Martins Ribeiro (foto), lembrou  aos presentes das práticas antissindicais de algumas cooperativas que incentivam seus funcionários a se afastarem do sindicato. “Essas práticas já vinham acontecendo no passado, de uma forma mais velada, mas agora com essa nova Lei, parece que os maus patrões assumiram  publicamente a postura de serem contra a organização sindical laboral”, disse Joel. O diretor da federação destacou ainda que um dos principais papéis do Fórum é justamente buscar consensos entre  trabalhadores e empregadores: “temos de acordar o mais brevemente a questão do custeio sindical e as tantas deformidades jurídicas criadas com essa reforma sindical, pois quem perde com a desconstrução da estrutura sindical laboral é a classe trabalhadora”,  concluiu Joel.

O Fórum Estadual  em Defesa da Liberdade Sindical foi criado para aproximar organizações sindicais laborais e patronais, objetivando acordar uma série de demandas criadas com a reforma trabalhista. “A complexidade e confusão criadas com a reforma trabalhista cria vários entendimentos, tanto para patrões quanto para empregados, mas temos de chegar a um consenso sobre esses vários temas. Uma das grandes preocupações do MPT é a preservação dos sindicatos, afinal, a estrutura sindical com atendimento  jurídico, à saúde, educação e formação profissional continuam existindo, mesmo com as prerrogativas da reforma trabalhista”, destacou o procurador Emiliano. As reuniões setoriais acontecerão com os diversos segmentos laborais e patronais do estado.

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Na reunião setorial do Fórum, trabalhadores e patrões frente
a frente, com a participação do MPT

Post Mario de Gomes - assessoria de imprensa
Em 11/04/2018
Foto: Fetracoop/MGS