Richa prepara novo pacote de ajuste fiscal para enviar à Assembleia Legislativa

Apesar de viver uma situação financeira razoavelmente confortável se comparado aos outros estados, o governo do Paraná planeja enviar à Assembleia Legislativa nas próximas semanas um novo pacote de ajuste fiscal. Os projetos também devem ser acompanhados de medidas internas para redução de custeio da máquina pública. Como integrantes do Executivo estadual e deputados governistas garantem que não haverá propostas de aumento de impostos, a tendência é que haja novas mudanças em relação ao funcionalismo.

Na abertura dos trabalhos legislativos de 2017 na Assembleia nesta quarta-feira (1.º), alguns dos principais representantes do governo presentes à sessão confirmaram o encaminhamento de mais um “pacotaço”. Sem adiantar o conteúdo dos projetos, o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni (PSDB), afirmou que o Executivo seguirá fazendo “todo tipo de ajuste” diante da crise que se aprofunda cada vez mais no país e tem trazido queda acentuada nas receitas.

Aos jornalistas, o tucano sinalizou que as novas medidas deverão recair sobre a estrutura do governo e, também, sobre os servidores. “Aumento de impostos podem ter certeza que não haverá. Não iremos penalizar os 11 milhões de paranaenses, que não suportam mais o aumento da carga tributária”, declarou. “Por isso, cabe ao poder público fazer os ajustes internos e aos servidores se adequarem à nova realidade que vive o país.”

Já o presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSDB), disse que o “pacotaço” não terá “nada polêmico” e fará apenas “algumas adequações na legislação diante do novo quadro econômico”. “Não será nada que mexa no bolso dos paranaenses nem que venha a afrontar os servidores.”

Segundo um deputado da base aliada, o novo pacote de ajuste fiscal deverá ser apresentado na forma de cinco ou seis projetos de lei. O parlamentar afirmou que a minuta das mensagens ainda está nas mãos do secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, que tem encontrado resistência dentro de alguns setores do governo em relação às mudanças propostas. No final do ano passado, Costa disse à Gazeta do Povo que 2017 seria um ano de “constante ajuste fino” das contas do estado, em virtude do aprofundamento da crise no Brasil.

“O que disseram para gente é que não seria um começo de ano fácil, que viria bucha, mas não sei o que é [o teor das mensagens]”, declarou outro deputado.