Beto ressalta cooperação para combate à pobreza no Sul.
O governador Beto Richa ressaltou nesta sexta-feira (14/10), em Porto Alegre,
que a cooperação entre os Estados do Sul do país é fundamental para a realização
de ações de combate à pobreza e à miséria. “Unidos podemos produzir os
resultados que o país espera para a redução das desigualdades”, afirmou o
governador.
Richa participou na capital gaúcha do lançamento do Plano
Brasil Sem Miséria na Região Sul, do governo federal, e assinou com a presidente
Dilma Rousseff e os governadores Tarso Genro (RS) e Raimundo Colombo (SC) o
Pacto Sul do programa para combate à pobreza. “O Paraná tem, historicamente,
criado importantes instrumentos de resgate e assistência social. Nesta gestão,
estamos lançando o Família Paranaense”, disse o governador.
Segundo ele, o programa estadual e o federal são complementares e já há entendimentos entre o
Governo do Paraná e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome para
utilizar as ações previstas no projeto paranaense em favor das famílias
brasileiras em vulnerabilidade social.
A presidente Dilma Rousseff explicou a importância dos projetos de resgate da cidadania nos três estados,
que contabilizam 716 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social, e fez um
balanço das ações do governo federal de combate à pobreza no País. “Já tiramos
da pobreza uma população equivalente à da Argentina, elevando 40 milhões de
pessoas à classe média", disse.
O acordo assinado pelos governadores dos Estados do Sul e o governo federal prevê a compra de sementes da agricultura familiar para distribuir a agricultores muito pobres, principalmente indígenas, quilombolas e assentados da reforma agrária. Serão adquiridas 53,5 toneladas de sementes de milho de 400 agricultores familiares de três cooperativas: Coarpa, de Santa Catarina, Bionatur, do Rio Grande do Sul, e Coofaeco, do Paraná.
O governador paranaense destacou que no Estado o fortalecimento da
agricultura familiar é uma das prioridades. Ele afirmou que o Paraná tem
programas importantes nesta área, como a Fábrica do Agricultor e o Armazém da
Família. “O programa Fábrica do Agricultor tem um histórico de sucesso, como
benefícios diretos hoje para mais de três mil famílias de agricultores”, disse
Richa.
Outra medida anunciada em Porto Alegre foi a adesão de
supermercados da região Sul a um programa de compras da produção da agricultura
e da agroindústria familiar. “Com esse projeto, todos ganham. Por um lado,
aumenta a produção no campo, com produtos de boa qualidade, e os supermercados
podem oferecer alimentos diversificados. Por outro, a população tem acesso a
mais alimentos, bons e com preços mais baixos”, argumenta a ministra do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.
REINSERÇÃO –
Com o objetivo de desenvolver uma agenda conjunta com o governo federal, o
Estado lançará o programa Família Paranaense para fortalecer as políticas
sociais e reduzir o número de paranaenses em situação de pobreza extrema. Com a
implementação de um conjunto de ações de reinserção social, o programa quer
diminuir o grau de vulnerabilidade social de cerca de 100 mil famílias. Elas
terão acesso prioritário à políticas sociais para que alcancem autonomia
profissional e financeira para não precisar de programas oficiais de
assistencialismo.
A intenção é que as famílias beneficiadas recebam
mensalmente R$ 50 por mês em alimentos por um período de dois anos, tenham
acesso a cursos educativos e profissionalizantes, a microcrédito, programas de
economia solidária, qualificação profissional para jovens, acompanhamento no
programa Mãe Paranaense e recebam melhorias nas condições habitacionais
(construção de casas, pavimentação, esgoto, água, titulação da terra).
Inicialmente, os municípios contemplados serão os com baixo Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) e com grandes concentrações de favelas e áreas de
risco habitacional.
INVESTIMENTOS – O Governo do Paraná o prevê o
investimento de R$ 170 milhões em políticas públicas, nas áreas de assistência
social, habitação, educação, saúde e agricultura, para ajudar a melhorar os
indicadores de desenvolvimento humano. Os recursos serão 60% do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (Bid) e 40% do Estado.
Na capital, um
programa semelhante foi realizado para atender a população em situação de
pobreza extrema. O Família Curitibana foi lançado em 2009 e atualmente
participam 2.555 famílias. A previsão é de aumentar mais duas mil famílias em
2011 e até 2012 atingir a meta de intervenção integrada de proteção social de
7.000 famílias.
Fonte: Agência Estadual de Notícias, (17/10/2011).