FÓRUM DOS PRESIDENTES I: Banco do Brasil e Ocepar firmam parceria para divulgar Programa ABC.
O Banco do Brasil e o Sistema Ocepar assinaram um protocolo de intenções visando a
divulgação do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), na manhã desta
sexta-feira (07/10), em Curitiba, durante o Fórum dos Presidentes das
Cooperativas Agropecuárias do Paraná. O documento foi assinado pelo presidente
da Ocepar, João Paulo Koslovski, e pelo superintendente do BB no Paraná, Paulo
Roberto Mainers, tendo como testemunhas o vice presidente de Agronegócio do BB,
Osmar Dias, e o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken.
Ampliação – Na avaliação de Osmar Dias, essa a
atuação conjunta vai contribuir para a expansão do Programa
ABC. “A grande preocupação do Banco do Brasil e do governo federal
é fazer com que esse programa amplie e, para isso, nós precisamos de uma
parceria com as cooperativas. Hoje foi um dia importante porque nós assinamos um
protocolo que prevê que as cooperativas vão treinar os seus técnicos. Esse tem
sido um dos entraves do programa, pois a elaboração dos projetos é complicada e
necessita de técnicos treinados. Com esse convênio, vamos ampliar a capacidade
de atuação do Banco do Brasil e do governo”, afirmou Dias.
Recursos
– Segundo o vice-presidente de Agronegócio do BB, banco está
disponibilizando, de forma pioneira, R$ 850 milhões para financiar o ABC. “E, se
houver necessidade, nós vamos aumentar os recursos. Nós temos um teto de R$ 3
bilhões à disposição dos produtores e cada um pode tomar, individualmente, R$ 1
milhão”, ressaltou. Ele lembrou que os juros são atrativos, de 5,5% ao ano, e os
prazos de pagamento bastante longos. “Para plantio de florestas, por exemplo,
estamos dando prazo de 12 a 15 anos de pagamento com até oito de carência. Para
reforma de pastagens, o prazo é de oito anos com três de carência. O benefício
deste programa é que nós vamos praticar uma agricultura sustentável com menos
agressão ao meio ambiente, ao contrário, com a recuperação de solos
degradados. É um projeto que se insere exatamente nessa preocupação mundial de
uma prática sustentável da agricultura”, acrescentou.
Importância - “Essa parceria é importante
para o Banco do Brasil, para a Ocepar, para as cooperativas e para os cooperados
porque todos nós vamos agora viabilizar uma forma de divulgar amplamente a linha
de crédito e, principalmente, as tecnologias contempladas pelo ABC”, disse ainda
o superintendente Paulo Roberto Mainers. De acordo com ele, a
expectativa é de que o Paraná contrate uma boa parcela dos R$ 850 milhões
reservados inicialmente pelo banco para todo o País. “Queremos que o Paraná
absorva o máximo possível desses recursos. Estamos com o objetivo de colocar, no
mínimo, R$ 100 milhões mas acreditamos que poderemos superar esse valor”,
afirmou.
Boa expectativa – O presidente da Ocepar
disse que está confiante com a parceria. “É uma expectativa positiva. Nós temos
uma demanda de mais de R$ 120 milhões dentro do Programa ABC e estávamos
encontrando muitas dificuldades em relação à operacionalização do programa lá na
base. Agora, com essa orientação dada pelo Banco do Brasil, nós vamos fazer
quatro reuniões no Estado do Paraná com as nossas cooperativas objetivando
capacitar os nossos técnicos para a elaboração dos projetos. Isso vai
possibilitar o acesso a esses recursos, que são importantes para apoiar as ações
dos nossos cooperados”, frisou Koslovski.
Contrato – Após a assinatura do protocolo
de intenções, o agricultor cooperado da Coamo no município de Manoel Ribas,
Carlos Augusto Aguiar, assinou um contrato de financiamento do Programa ABC com
o Banco do Brasil no valor de R$ 650 mil. “Há pelo menos quatro anos, eu tenho
participado do encontro de produtores da Coamo só para observar os experimentos
de integração lavoura pecuária. Minha vontade era fazer mais do que eu tenho
feito mas faltava verba porque as práticas que a gente adota nessa integração
demandam recursos. Assim, eu achei muito interessante essa linha
de crédito e, com a participação do Banco do Brasil viabilizando o crédito e o
pessoal da Coamo fazendo o projeto, foi possível nós assinarmos hoje esse
contrato e agora falta apenas aguardar a liberação dos recursos”, afirmou
Aguiar. Ele disse que pretende aplicar o dinheiro na recuperação de pastagens,
fertilização e aquisição de matrizes. “Esse programa é muito importante pois
viabiliza projetos voltados à produção sustentável de alimentos no campo”, disse
o vice-presidente da Coamo, Cláudio Rizzato, que acompanhou a assinatura do
contrato entre o cooperado e o BB.
Redução de emissões - Ao falar sobre o
ABC, Osmar Dias ressaltou que o programa é um dos instrumentos criados pelo
governo federal para atingir as metas de redução de emissão de gases de efeito
estufa, cujo compromisso foi assinado pelo País durante a Conferência do Clima
de Copenhague, em 2009. “Na oportunidade, o Brasil se comprometeu a diminuir de
36,1% a 38,9% a emissão de gases de efeito estufa até 2020; reduzir em 80% o
desmatamento na Amazônia, e ampliar de 25 milhões de hectares a 33 milhões de
hectares a área com plantio direto”, citou, entre outros exemplos. “Foi
estabelecido um Plano Nacional de Mudanças Climáticas e, em julho de 2010, o
governo lançou o ABC. É um programa importante porque ajuda a melhorar a
produtividade, preserva, moderniza e proporciona maior eficiência à atividade
produtiva. Ele oferece a melhor linha de crédito, depois do Pronaf. Abraçamos
esse programa porque queremos incentivar práticas sustentáveis na agricultura”,
ressaltou.
Fórum dos Presidentes – O Fórum dos Presidentes das Cooperativas
do Paraná iniciou na noite desta quinta-feira e encerrou com a assinatura do
contrato entre o cooperado da Coamo e o Banco do Brasil. Participaram cerca de
50 dirigentes e diretores de cooperativas agropecuárias.
Fonte: Site; Ocepar, (11/10/2011).