Centrais discutem valor do novo Piso Mínimo Regional Paranaense.
A UGT-PARANÁ e outras centrais sindicais reuniram-se na manhã
de sexta-feira passada (16/03), em Curitiba, para finalizar a proposta de reajuste
para o Piso Mínimo Regional do estado. O novo valor tem como data base o mês de
maio e é acordado entre governo de Estado, representantes dos trabalhadores e
dos empresários. Com o apoio técnico do Dieese (Departamento Intersindical de
Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), os dirigentes sindicais puderam fazer
um reconhecimento dos valores ajustados em outros estados ( São Paulo, 15%, Rio
Grande do Sul, 14,75%, Rio de Janeiro, 14, 13% e Santa Catarina 11,11%) e de
quanto deve ser o reajuste para o Paraná, cumprindo o acordo tripartite firmado
em 2.011, alinhando o reajuste estadual ao aplicado pelo governo federal ao salário
mínimo nacional. Com isso pode ser
mantido um ganh o de 30% sobre esse salário nacional de referência.
Para a secretária da Mulher da UGT-PARANÁ e presidente do Sindicato dos Comerciários de
Paranavaí, Elizabete Madrona, "nós trabalhadores demos nossa contribuição
nas negociações no ano passado, abrindo mão dos índices que queríamos e optando
pelo alinhamento à base de cálculo do salário mínimo. Se o governo de Estado e
os empresários mantiverem esse acordo, o reajuste esse ano deve alcançar algo
em torno dos 14, 13% . "
O Piso Regional é referência para várias categorias, divididas em
quatro grupos, entre eles os trabalhadores rurais. "É justamente no campo
onde há uma disparid ade muito grande nas relações de produtividade e
salários", lembrou o economista do Dieese, Cid Cordeiro. Segundo Cordeiro,
no Paraná são mais de 300 mil trabalhadores de diversas categorias com carteira
de trabalhado assinada que passam a usufruir desse reajuste. "Se formos
considerar os trabalhadores informais esse número é bem maior", destacou o
economista do Dieese.
A proposta das centrais será agora discutida numa reunião
tripartite, na segunda-feira, 19 de março, da qual fazem parte governo e
empresários. Além do Piso Regional nesse encontro será apresentada uma pauta de
reivindicações, entre elas a mudança da data-base do reajuste para 1º de
janeiro, com o pagamento retroativo da diferença; o compromisso político
patronal de não assinatura de acordo ou convenção coletiva d e trabalho com salários abaixo dos
fixados no Piso Mínimo Regional, respeitando as determinações do Ministério
Público do Trabalho; e a obrigatoriedade de fixar nos editais de licitação e
concorrência pública a proibição de pagamento de salários com valores
inferiores ao Piso Mínimo Regional.
Fonte: UGT-PR; www.ugt.org.br